Diz o senso comum que os homens pensam em sexo a cada minuto. Mas de acordo com um estudo realizado pela Relate, uma instituição britânica que promove o bem-estar dos relacionamentos, essa afirmação pode não mais ser verdadeira. A pesquisa, publicada na Marie Claire inglesa, mostra que é grande o número de homens que admitem estar perdendo a libido.
A terapeuta sexual da Relate, Nina Bryantwith, afirma que o problema vem crescendo e ameaçando relacionamentos. “Quando comecei nesse campo, há 18 anos, era raro um homem reportar desinteresse em sexo. Agora esse problema soma pelo menos um terço dos meus casos”, diz ela.
Especialistas listam razões para isso. Alguns acreditam que os homens estão começando a falar sobre seus sentimentos – o que não acontecia há alguns anos – enquanto outros estão se sentindo mais pressionados pelas responsabilidades de hoje. “Exigimos demais dos homens”, afirma Petra Boynton, psicóloga especialista em relacionamentos. “Espera-se que os homens queiram sexo desde a puberdade até a morte. Mas o desejo masculino pode flutuar pelas mesmas razões das mulheres. Estresse, depressão, cansaço e pressão no trabalho são algumas delas”, diz Petra.
Como lidar então com este “novo homem”? A terapeuta sexual Nina Bryantwith acredita que “focar no sexo” é a pior coisa que uma mulher pode fazer. “Não compre brinquedos em sex shop, por exemplo”, diz ela. “Se a situação está difícil, o melhor a fazer é conversar com o seu parceiro. Disponha-se a ouvi-lo e diga que você está insegura. Em muitos casos, o homem também se sente assim”, afirma.
Além das causas emocionais, há também as físicas. Estudos mostram que um em cada dois homens irão sofrer de impotência em algum momento da vida e muitas vezes isso pode ser sintoma de diabetes ou problemas cardíacos. Excesso de cigarro e bebida também são fatores relevantes. Nesses casos, de novo, o melhor caminho para solucionar a questão é conversar. E também procurar a ajuda de um terapeuta. Afinal, o novo homem está disposto a falar sobre si mesmo, não é?
Entenderam né? Eles se tornaram "sensíveis" e nós as "comedoras". Aham! Então tá então.