No dia 29/12 (quarta-feira), a jovem Bruna Tadin de Souza recebeu uma ligação de um jovem, ex-colega de escola ( E.E. Elísio), por volta das 19:00h que lhe disse que havia lhe conseguido um emprego e que era para ela ir até a casa dele (Condomínio Bahia - CECAP - Guarulhos) para pegar o uniforme, assinar alguns papéis e poder começar a trabalhar no dia seguinte.
Esta ligação foi recebida no celular da avó dela. Ela então se arrumou, pediu dinheiro a avó para a passagem, uma vez que os pais não estavam em casa, e informou à irmã Monique sobre a ligação e que iria até a casa do rapaz que se chama Maicon. Por volta das 21:00h ela ligou para o Namorado Lucas Gabriel e falou o que iria fazer. Ele ainda tentou fazê-la não ir por causa do horário, mas ela disse que não haveria problema e que iria rápido. Ela estava trajando uma blusa branca de mangas compridas, calça jeans e sandálias.
Este foi o último contato de que a família tem notícias. Por volta das 22:30h a família da jovem entrou em contato com o namorado perguntando se ela se encontrava com ele. Mediante a resposta negativa, passaram na casa dele, o pegaram e se encaminharam para a casa do rapaz com o qual ela disse que iria se encontrar para pegar o uniforme e tratar sobre o emprego.
Chegando lá, por volta das 23:00h o rapaz estava de cabelos molhados, parecia ter saído do banho e negou que tivesse ligado e que tivesse se encontrado com ela. Falou que poderia ser outro Maicon, só que este outro estava trabalhando durante a noite inteira. Ao voltarem ao apartamento do rapaz que fez o convite à Bruna, solicitaram a presença da polícia e esta revistou o apartamento do mesmo, apreendeu seu computador e este foi prestar depoimento na delegacia, já acompanhado de seu advogado pois ele tem 4 processos por estupro e inclusive uma indicação para ser encaminhado a Fundação Casa.
Ele foi liberado depois de prestar o depoimento.
A família buscou nos hospitais, IML, casas de amigos, familiares e colheram informações no local onde o suspeito mora e encontraram uma das vítimas dele que os levou até o lugar onde ela havia sido estuprada por ele. Um matagal próximo ao condomínio onde o rapaz mora. Várias foram as informações de que o rapaz comete estupros e sai ileso por ser menor.
A família solicitou a busca nos matagais próximos aos condomínios do CECAP, mas não tiveram resposta pois as delegacias se encontravam fechadas no final de semana e somente ouviam que algo só poderia ser feito na segunda-feira.
Buscaram sozinhos e com a ajuda de amigos, mas não obtiveram sucesso.
A polícia civil e o corpo de bombeiros iniciaram as buscas somente na segunda-feira dia 03.01, mas não conseguiram encontrar a jovem. O rapaz suspeito do desaparecimento da jovem se encontra na Fundação Casa pois foi detido por causa de outro caso de estupro, nos mesmos moldes, que cometeu no dia 07 de dezembro do ano passado.
Na segunda-feira, dia 10.01,houve uma ligação de um rapaz que viu nosso apelo no Orkut, que disse ter visto a jovem vagando, desnorteada e completamente suja na Rua dele, em EMBU.Foram até lá e o jovem que deu seu endereço e telefone fixo confirmou que era ela mesma que ele havia visto no dia 05.01, na sua rua.
Então foram até duas delegacias de EMBU, mas não quiseram ajudar dizendo que estava tarde da noite e que chovia muito. Assim 4 pessoas da família foram aos locais que encontraram abertos e em um bar um senhor, após ver o cartaz com a foto de Bruna, disse que também a viu no dia 05.01, naquela região.
O padrasto de Bruna e mais quatro pessoas voltaram no dia seguinte, 11.01 e passaram o dia mostrando a foto dela e algumas pessoas também afirmaram que teriam visto a jovem. O problema é que a polícia de Guarulhos deu o caso como encerrado, alegando homicídio sem corpo e afirmam não terem dúvidas que foi o suspeito, e não querem ajudar nas buscas destas novas pistas.
A família quer reunir um grupo grande de pessoas para fazer uma busca na região de EMBU, mas não dispõe de recursos e precisaría conseguir ônibus para levar as pessoas até lá.
A família está desesperada e não encontra apoio do poder público.
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UPDATE
Em 23/01/2011 um corpo do sexo feminino foi encontrado, por volta das 13h do domingo, em um matagal próximo à avenida Odair Santonelli, no bairro Cecap, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O corpo foi achado por jogadores, já que o matagal fica ao lado de um campo de futebol. No final da tarde do domingo, parentes o reconheceram como sendo da adolescente Bruna Tadim de Souza, desaparecida no final de dezembro. Segundo os familiares, a roupa no cadáver é a mesma que a garota usava quando desapareceu.
O corpo estava com as mãos e pés amarrados, boca amordaçada e em estado de decomposição.
Na tarde do dia 25/01/2011 o corpo encontrado no domingo (23), em um terreno ao lado de um campo de futebol no parque Cecap foi identificado oficialmente como sendo da adolescente Bruna Tadim de Souza, que estava desaparecida desde o dia 29 de dezembro.
Segundo apurado pelo Jornal Isto É Guarulhos a necropsia ficou sob a responsabilidade do Médico Legista e Antropologista Dr. Luiz Airton, que comprovou a identidade do corpo através de exames de arcada dentaria (a ficha odontológica de Bruna foi entregue por seu pai durante a manhã de hoje), além de objetos encontrados junto ao corpo como um brinco.
A causa da morte de Bruna ainda é indeterminada e depende de exames que talvez não consigam indicar a causa devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, a morte de Bruna supostamente ocorreu no mesmo dia de seu desaparecimento fato este que também será comprovado após resultados de exames que devem ficar prontos em alguns dias.
A família de Bruna Tadin de Souza estava presente no IML, mas respeitando a dor dos mesmos os profissionais de jornalismo da Isto É Guarulhos decidiram não entrevista-los.
Enterro
O enterro da adolescente Bruna Tadin de Souza aconteceu no dia 25/01/2011 às 21:00h no Memorial, cemitério vertical de Vila Rio, Guarulhos e contou com a presença de mais de 300 pessoas que acompanhavam com gritos de “Justiça” e “Bruna nós te amamos”
Investigação
O assassinato de Bruna Tadim de Souza está sob investigação. Foi solicitada pela polícia civil a quebra do sigilo telefônico de Bruna. Para perícia, os investigadores receberam também os computadores de K.B. e J.T.S., 17, outra jovem que teria recebido a oferta de emprego de Maycon Barreto de Souza Silva, mas não compareceu ao encontro marcado com o "menor".